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Planeta Brutal

  • Cláudia
  • 13 de jan. de 2018
  • 4 min de leitura

Olá turminha boa de leitura, hoje venho apresentar a resenha de um livro visceral “Planeta Brutal”, escrito por um dos autores mais diversificados no que diz respeito a gêneros literários. Ele consegue caminhar com muita maestria entre o romance, contos assombrosos e agora nos presenteia com um estilo bem gostoso e premonitório, uma distopia, ou melhor, um pós-apocalíptico.

Este é mais um livro que recebo em parceria com a Editora Coerência e estava curiosa e porque não dizer ansiosa para poder desfolhar as páginas desse livro e poder sentir as sensações aterrorizadoras de estar em um planeta devastado pela ignorância humana.

Agora, peço atenção, pois as cenas descritas no decorrer do livro não é recomendável para menores de idade devido à violência das cenas, e de linguagem imprópria, portanto todo o cuidado é pouco.

O FINAL DOS TEMPOS ESTÁ PRÓXIMO!!!

É exatamente isso que todos ouvem dizer repetidamente por anos a fio, que Deus punirá os incrédulos e pecadores. Estaria as profecias comprovadas e assim, tudo teria um fim? Seria mesmo? Teria uma data específica para acontecer?

Seria a mão de Deus punindo a humanidade ou a mão impiedosa e mesquinha do homem?

É pela segunda opção que o enredo do livro aborda.

Quando o mundo começou a ruir, após um desastre que dizimou o mundo, chamado de aquecimento global, esse foi o fim para muitos, mas, não para todos.

Algumas pessoas conseguiram se salvar e uma nova era deu-se, mas, não uma era avançada e sim, um mundo não-tecnológico, um verdadeiro retrocesso que imperava a morte cruel para aqueles que se opunham aos novos líderes, extinção de animais, de alimentos e água. A aparência do novo mundo era totalmente diferente daquele de antes. Agora a paisagem era desértica e o clima extremamente quente. Para a sobrevivência clãs foram formados por seres iguais, pois não havia apenas humanos comuns nessa nova realidade outros tipos de humanos com proporções e formações diferentes: aquáticos, arenosos e vampiros. Essa era a nova cara do mundo, ou melhor, dos filhos do Primeiro Dia, depois do fim. Os seres humanos comuns serão perseguidos e dizimados por alguns e para outros serviria de alimento, seria uma terra brutal, onde o caos seria os dias de muitos e viver seria de serviência e resignação para aqueles que almejavam sobreviver em um mundo implacável. Esse será conhecido como o Primeiro Dia.

A raça humana sobrevivente terá que se reinventar, criando uma nova estória marcada de sacrifícios e sangue onde seres bizarros e cruéis escreveriam uma nova e sangrenta realidade.

Seremos apresentados a uma mulher que se esconderá nos mais inóspitos lugares junto de seu filho para tentar sobreviver após seu clã ter sido exterminado e com eles todas as esperanças de uma sobrevida melhor. Sem rumo e sem nenhuma perspectiva, surgirá das entranhas feminina uma das maiores forças, a maternidade o dom de cuidar e zelar pela sua cria. Serão dias duros e caóticos mas a gana pela vida fará aflorar o que ela havia perdido, a fé em um novo dia. Indo contra tudo, uma mãe terá a dura missão de salvaguardar seu filho dos seres perigoso que se escondem em cada canto de uma realidade brutal que se apresenta a cada momento. Para que ela consiga resgatar um mínimo de dignidade alianças serão feitas em nome da sobrevivência, mas não pensem que ela é frágil e doce, ela já foi um dia, hoje ela é uma grande guerreira que não terá misericórdia de quem passar pela frente, pois algo a move mais que tudo e isso se chama, vingança!

Ela fará uma aliança com um ser astuto e traiçoeiro, um arenoso, que tem prazer em matar seus adversários para tentar resgatar o que tinha perdido. Em um mundo brutal que não existe mais sentimentos e sim luta pela sobrevivência, pode aparecer em situações extremas um pouco de fé e esperança.

Porém, o resultado de uma vingança poderá ser perigoso e arrastar a inocência para o momento derradeiro.

Agora vou falar:

Chocada!

Esse é um enredo bárbaro que traz muita luta, sangue, inveja, traição e ganancia. Adorei a forma que foi conduzida toda a estória com a ambientação no Brasil, com os aspectos dos sobreviventes, a forma de vida e também a narração da estória, pois eram vários personagens falando no seu ponto de vista, gosto muito dessa condução que podemos entrar na mente do personagem e ver como ele está sentindo tudo. Amei!

Difícil parar de ler esse livro, não quis me aprofundar muito nos personagens porque achei espetacular a construção de cada um e acredito que será uma experiência fabulosa para o leitor conhece-los.

A estória aborda todo o tempo no empoderamento feminino, na fé e na esperança e que deve-se procura-la no íntimo de cada um, pois com tantas adversidades e perigos frente um novo mundo só resta a busca em si mesmo.

O que chama muito a atenção é a forma que a fé e a esperança são apresentadas no enredo, sempre com uma busca fora da religião, muito mais em como o ser humano se articula por conta própria e não induzido.

Achei muito interessante o nome da protagonista ser mencionado, quase no meio da estória, era como se o nome não fosse necessário para uma mulher tão marcada pelas agruras do novo mundo isso não fosse relevante e realmente não foi. Era como se ela em muitas situações sentisse nada. E que um nome não faz ninguém e sim suas ações. E que em momentos de extremo perigo pode-se fazer coisas abomináveis e reprováveis.

Parabéns, Raphael por essa estória tão brutal. Quero ressaltar o capricho na escrita e na apresentação do livro, assim como a capa que já nos mostra o que vamos encontrar no decorrer da leitura, as ilustrações também são sensacionais já conheço o trabalho do Rafael Danesin e ele tem um traço inigualável. Raphael adorei a playlist e o final alternativo, espetacular.

Parabenizo a Editora Coerência pelo trabalho que apresenta aos leitores.

AGORA, que final maravilhoso, mas, gostei muito mais do final alternativo ele é mais visceral na minha opinião. Adorei escolher o meu final!

Indicadíssimo!

Vamos apoiar a literatura nacional!

É isso, beijos e tchau!

Planeta Brutal

Autor: Raphael Miguel

Editora: Coerência

Pág.: 301

Ano: 2017 – 1ª edição

ISBN: 978-85-92572-63-1

Capa: Décio Gomes

Ilustração: Rafael Danesin

Diagramação: Cintia Rodrigues

Revisão: Ariane Eleutério

Gênero: Literatura Nacional / Distopia

Fonte: Boa, com espaçamentos adequados.

Para adquirir:

https://ed-coerencia.lojaintegrada.com.br/planeta-brutal-raphael-miguel


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