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Quando o Mal tem um Nome

  • Cláudia
  • 5 de fev. de 2018
  • 4 min de leitura

Olá turminha boa de leitura, antes de iniciar as minhas impressões, quero agradecer a autora Glau Kemp, por oferecer aos amantes de estórias de terror esse livro tão magnífico. Hoje quero compartilhar com vocês um dos livros mais difíceis que já tive em minhas mãos para resenhar. Vocês podem estar pensando o porquê, não é mesmo?

É que esse é um daqueles livros que tem uma trama tão instigante e assustadora que fica difícil traduzir em palavras. Se você curte uma boa estória tenebrosa, você está convidado a visitar a tão conhecida cidade de Aparecida do Norte em SP, onde está localizada o Santuário Nacional de Aparecida, o maior Santuário Mariano do Brasil. Esse é o local onde 3 pescadores encontraram a imagem de Nossa Senhora Aparecida, por isso a origem do nome da cidade.

Nesse lugar onde a fé transborda no corações de seus fiéis, acreditando que “Nunca se ouviu dizer que alguém tenha feito um pedido a Nossa Senhora e não tenha sido atendido”, é que vamos conhecer Marta uma católica fervorosa que tendo concebido 2 meninos desejava loucamente ter uma menina para lhe fazer companhia e aprender seus ensinamentos femininos.

O início da estória se dará em 1971 e o que você irá presenciar é o estado de loucura e desespero de uma mulher que se sentiu traída pelos seus dogmas religiosos e abriu as portas do inferno para que o demônio surgisse e danasse qualquer coisa que estivesse em seu caminho.

Agora...tome muito cuidado, pois ele tem um nome e ao pronuncia-lo você poderá sucumbir sua alma para a perdição eterna.

Todos prontos?

A pergunta é: Até que ponto o ser humano é capaz de ir para realizar seus desejos e valeria a pena invocar forças ocultas?

Marta rezava dia e noite fervorosamente para que em seu ventre estivesse crescendo uma menininha, pois já tinha dois meninos e agora com a idade avançada queria poder se dedicar a uma princesinha. Quando Marta constatou a gravidez, rapidamente foi aos pés da santa para pedir a graça de poder estar gerando uma menina, amarrou uma fita rosa no pulso do braço direito e pediu com fervor prometendo que ao conceber a menina ela iria religiosamente em todos os aniversários de sua filha ao Santuário e levaria uma vela do tamanho da criança até completar 15 anos, mas a língua do povo a incomodava, pois diziam que ela provavelmente teria outro menino. Seu tempo de gestação era aflitivo desejava tanta uma garotinha, mas, será que a Santa iria atende-la?

Quando Marta descobre através de um exame que em seu ventre está instalado um menino ela se revolta contra Deus e entra em briga com a Santa querendo entender por que motivo não concedeu a graça de uma menina, porque não ouvi-la?

Em sua perturbação ela foi seduzida a procurar um lugar que poderia realizar seu desejo em ter uma menina e foi a partir de sua negação em ter uma casa apenas masculina que ela se deixou levar, mas, como ser menina se o menino já estava em seu ventre?

E foi em um dia comum para muitos e perturbador para ela que a boca do mal roçou sua mente esvaindo sua fé em Deus para enaltecer a fé naquilo que poderia realizar o que tanto queria, foi assim que o demônio se instalou em sua vida. Marta entrou naquela casa com pessoas estranhas com cheiros fortes e confusos, nesse momento ela selaria o destino dela e de sua cria. Acontece que Marta sentirá os demônios em seu corpo e terá a grande prova de que o mal pode marcar as almas inundando seus dias de dissabor e perdição. Ela não seria filha dos anjos elevados e sim dos caídos. Luz e escuridão terão a mesma proporção. Para onde correr?

Maria Clara nasceu um pouco crescida para as crianças de sua idade, mas Marta pode entender que sua filha seria diferente e perigosa, O mal estava em cada partícula de seu corpo, sempre lembrando de sua blasfêmia e heresia. A cada acontecimento agourento ela culpava a menina e ela por sua vez não entendia o porquê das atitudes de sua mãe. Antes uma criança desejada, hoje um infortúnio dos infernos. Mãe e filha viverão momentos perturbadores e cruéis, sempre tendo “ele” em sua companhia, sombras, vermes, medo, lamúria.

Essa será a grande maldição da família e todos seus descendentes. O mal tem formas, sabores, odores e permanência em tudo, principalmente em Maria Clara. O demônio tem um propósito, basta abrir a porta e deixa-lo penetrar, aí a perdição tomará conta do mundo!

Não fale o seu nome, pois ele virá e te consumirá...é a danação em forma de...Donavan...ele chegou e todos pagarão por isso!

Por que uma criança tão desejada e exigida por sua mãe será vista por ela como o grande erro de seus miseráveis dias?

Mas, no dia do aniversário de 15 anos de Maria Clara tudo se modificará e Marta conhecerá a mão pesada do mal. A traição não pode acontecer. O demônio tem planos e nesses planos estão incluídos Maria Clara!

Agora...

Glau Kemp, o que é isso? Que enredo impregnante e avassalador. Eu me recuso acreditar que tenha um fim, essa estória é visceral e tenebrosa. Tem autores que quando terminamos de ler o enredo que criaram temos vontade de abraçar e beijar agradecendo por ter escrito com tanta mestria. Estou chocada com o desenrolar, isso é maravilhoso, digno de um filme!

Fiquei tão tomada pelo enredo que cheguei a sentir calafrios constantes no desenrolar da estória. Ao fechar os olhos vejo e sinto as cenas contadas é tudo tão perturbador e distinto que fiquei confusa e acuada de medo. Maravilhoso.

A forma como você dá vida aos personagens e acontecimentos é genuína contendo muito horror e suspense.

Sua escrita é forte, divina, pungente e macabra com cenas bem construídas e ótima descrições nas ambientações.

Parabéns!

Disponível apenas em eBook pela Amazon

https://www.amazon.com.br/Quando-mal-tem-um-nome-ebook/dp/B077NV4K3B

Livro: Quando o Mal tem um Nome

Autora: Glau Kemp

Editora Amazon

Pag.204

Ano: 2017

1ª Edição

Gênero: Literatura Nacional e Ficcional / Terror


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